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segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Religiosidade x Cristianismo

 

Texto: Lc 11:37-44
37Ao falar Jesus estas palavras, um fariseu o convidou para ir comer com ele; então, entrando, tomou lugar à mesa. 38O fariseu, porém, admirou-se ao ver que Jesus não se lavara primeiro, antes de comer. 39O Senhor, porém, lhe disse: Vós, fariseus, limpais o exterior do copo e do prato; mas o vosso interior está cheio de rapina e perversidade. 40Insensatos! Quem fez o exterior não é o mesmo que fez o interior? 41Antes, dai esmola do que tiverdes, e tudo vos será limpo. 42Mas ai de vós, fariseus! Porque dais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as hortaliças e desprezais a justiça e o amor de Deus; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas. 43Ai de vós, fariseus! Porque gostais da primeira cadeira nas sinagogas e das saudações nas praças. 44Ai de vós que sois como as sepulturas invisíveis, sobre as quais os homens passam sem o saber!
Se nós observarmos a Religião tão somente como um seguimento de regras, vamos perceber nos evangelhos que Jesus Cristo era um antirreligioso. Ele foi enviado pelo Pai para falar ao mundo do Deus que é maior que a religião.
Diante do texto lido, vimos um Cristo preocupado em cumprir aquilo que o Pai havia ordenado, que era buscar o que se havia perdido, ou seja, as pessoas. Mas para isso era fundamental conhecê-las, estar com elas, andar com elas. Do outro lado temos os religiosos que apenas observavam o que Jesus fazia para avaliar se estava dentro do seu “protocolo de regras”.

Qual a visão de Jesus sobre a religião e o cristianismo
Religião:
As regras e as doutrinas estão sempre à frente. Deixar de lavar as mãos para alimentar-se era algo inadmissível. Mas, eles próprios foram censurados por Jesus, por fazerem tal coisa, mas seu interior era cheio de rapina (pessoa que vive de extorsões) e perversidade.
Em outra ocasião (Mt 23:27-28) Jesus se refere aos religiosos, praticantes de regras e sem amor pelo próximo da seguinte maneira:
27Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia!
28Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de iniquidade.

Cristianismo:
Jesus ensina o que o Deus Todo Poderoso lhe dizia para ensinar. Futuramente estes ensinos tornaram-se o Cristianismo, propriamente dito, por tratar de algo que faz menção ao nome de Jesus Cristo.
O amor e o altruísmo (Querer o bem para o próximo) é a mensagem que Cristo vem trazer ao coração do homem que está vivendo nesse mundo de desafetos e rejeições.

*A morte de Jesus na cruz do Calvário é a prova do amor de Deus por um mundo perdido – por cada um de nós!
1Jo 3:16 – “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos.”

*O sangue derramado de Jesus é a garantia do amor de Deus para com as pessoas sobrecarregadas de culpa e distantes d’Ele:
Rm 5:8 – “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.”

Portanto, Deus ama a cada pessoa da mesma maneira. Isso significa que Ele não ama a ninguém mais do que a outro.


Deus é amor e expressa esse sentimento em nós para que expressemos a outras pessoas pelo cristianismo verdadeiro.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

A obra da Cruz

Texto: Mateus 27:45-46
"45Desde a hora sexta até à hora nona, houve trevas sobre toda a terra. 46Por volta da hora nona, clamou Jesus em alta voz dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni? O que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?"

“O símbolo universal da fé cristã não é a manjedoura, mas a cruz. Mesmo assim, muitos cristãos não entendem o significado da cruz nem o motivo por que Cristo precisou morrer.”
John Stott

Para muitos cristãos, a cruz é tão somente um símbolo usado pelo cristianismo porque foi nela que Jesus morreu. Não quero dizer que ela deva ser venerada ou adorada, mas que haja uma compreensão mais profunda do porque o Mestre Jesus teve de enfrentá-la.
Se a cruz não for o centro da nossa religião, a nossa religião não é a de Jesus.”
John Stott

Fazendo uma análise desse texto, chego a afirmar que para mim ele é perturbador, em pensar que Deus desamparou Seu Filho, mas o Deus Pai em sua infinita sabedoria tinha um propósito nessa ação.

1-O ato do desamparo de Deus
Entre a hora sexta e a hora nona, ou seja, entre meio dia e Três da tarde, toda a terra esteve em trevas.
Jesus estava suportando toda a ira de Deus contra nossos pecados. Ele sofreu desolação espiritual e separação de Deus. Jesus suportou a agonia de sua alma sendo oferecida em sacrifício pelo pecado da humanidade.
No fim de sua agonia, no v.46 Jesus preso à cruz, clama ao Pai o porquê do desamparo e num ato de sua própria vontade entrega seu espírito e morre v.50.

2-A razão do desamparo de Deus
No v.50, Jesus bradou em alta voz o triunfo sobre o pecado.
No exato momento da morte de Jesus, àquele que era o maior símbolo da separação entre Deus e os homens, o véu do santuário, se rasga de alto a baixo. Esse foi o ato de Deus indicando que pela morte de Jesus Cristo, o acesso ao santuário de Deus daquele momento em diante estava livre a todos que cressem em seu Filho.
Nos versos subsequentes lemos que a terra tremeu, rochas se partiram, sepulcros foram abertos e muitos dos santos que já dormiam no Senhor ressurgiram ressurretos.
A cruz foi o objeto usado por Deus para que a humanidade nunca se esquecesse de que seu único Filho morreu nela para realizar a obra da redenção e de expiação.

Concluo, dando a seguinte orientação à igreja: Deem graças a Deus hoje pela obra terminada do Senhor Jesus na cruz do Calvário!
Valorize o sacrifício vicário para a salvação da sua alma. 

Pastor José Maria Júnior




quarta-feira, 27 de julho de 2016

 A escolha é sua

Mateus 16:24, diz: 
"Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me."

Seguir Jesus requer andar o caminho que Ele anda e tomar a cruz da abnegação, da renúncia, da vontade. Ele começa sua fala dando o livre arbítrio àquele caso queira seguí-lo - "Se alguém". 
Depois do anúncio de Jesus aos seus discípulos de que Ele morrerá na cruz, Ele fala de outra cruz; uma cruz que deve ser levada por todos os seus seguidores.

A cruz de Cristo e a cruz dos seus seguidores são diferentes. A cruz que os seguidores carregam não é literal, e seu sofrimento não é expiação pelo pecado.
Contudo a cruz dos discípulos é semelhante a cruz de Jesus, no que tange a voluntariedade e requer abnegação, isto é: (Renúncia espontânea do interesse, da vontade, da conveniência própria).
No versículo 24, Jesus fala a todos, não só aos doze discípulos, fazendo-os lembrar do que é exigido dos que se tornam seus seguidores. Primeiro eles têm de negar a si mesmos.
Todos os seguidores de Jesus precisam entender que Ele não lhes oferece uma viagem fácil para o céu. É necessário abraçar uma nova vida que agrada o Salvador e lhe dê glória.
Isto requer que todos nós renunciemos o velho eu e a velha vida com todos os planos e desejos que a acompanham.

Renunciar (negar-se)
Renunciar significa dizer não de uma forma radical ao que me reporta ao meu passado antes de Cristo ter acesso livre em minha vida.
Renunciar não significa dizer que o velho homem não tentará vir mais à tona, mas é preciso sufocá-lo para que ele não consiga respirar. O velho eu, quase sempre será um gigante adormecido.
O que tem acontecido com muita “normalidade”, é que muitos crentes estão “afrouxando a corda” e com o passar dos dias os velhos hábitos tomam novamente seu lugar.
Renunciar o velho homem é uma atitude de amor demonstrada a Cristo, validando assim, o sacrifício da cruz.
Renunciar é olhar com desprezo àquilo que me enfraquece diante de Deus, aquilo que principalmente o nosso adversário, Satanás, sabe que nos derruba.

Tomar sua cruz
Quando Cristo diz que devemos tomar nossa cruz diariamente, Ele não está dizendo sobre uma morte física, mas uma atitude de abnegação ininterrupta.
Tomar a sua cruz significa uma resolução diária em negar-se a si mesmo por causa do evangelho. E isso tem de ser um estilo, um modo de vida e não uma questão momentânea.
Aqueles que se negam e tomam a sua cruz por causa de Cristo terão a verdadeira vida. Sofrer a perda de posição, coisas matérias e até a vida física para seguir Cristo pode parecer trágico, mas na pior das hipóteses, tal perda é secundária.
A verdadeira vida não pode ser medida pelas coisas deste mundo.

Seguir e obedecer a Cristo não terá resultado só nesse tempo.
A escolha que hoje fazemos tem significado eterno, pois o julgamento final é vindo.
"26Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca de sua alma? 27Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e, então retribuirá a cada um conforme as sua obras." Mateus 16:26-27

Pastor José Maria Júnior



terça-feira, 28 de junho de 2016

Texto: Lc 17:11-19  -  Fé, obediência e gratidão

Na vida temos encontros com Jesus, constantes ou casualmente, mas, o que o nosso encontro com o Senhor causa em nossa vida é casual ou permanente?
Jesus estava a caminho de Jerusalém e encontrou-se com dez leprosos no caminho. De fato, conforme a lei, os leprosos deviam ficar fora da cidade, pois, eram marginalizados e não deviam se aproximar das pessoas (Lv 13:45).
Precisamente no v.13 vimos os dez homens clamando por misericórdia, demonstrando assim, total confiança em Jesus Cristo.
Percebam no v.14 que Jesus tem uma atitude diferente daquela que poderia ter em curar os dez leprosos. Jesus diz: “Ide e mostrai-vos aos sacerdotes.” Jesus não os curou de imediato, mas testou-lhes a fé e a obediência, ao que definia a lei de Deus.

            É importante observarmos que Lv 13 fala para o leproso ir ao sacerdote apenas quando estivesse curado, mas Jesus sabia que os homens estavam leprosos e diz para irem se apresentar ao sacerdote para serem avaliados.
Em outra condição, senão por Jesus, estes dez homens seriam ainda declarados imundos pelo sacerdote, pois, a lepra ainda estaria lá. É exatamente nesse momento que a foi provocada por Jesus naqueles homens, porque ele não declarou a cura explicitamente.
“Suba o primeiro degrau com fé. Não é necessário que você veja toda a escada. Apenas dê o primeiro passo.”
Martin Luther King


            Outra análise é que se os dez homens obedeceram ao comando de Jesus, significa que eles acreditaram na cura, acreditaram no poder de Jesus.
Há um dado importante nessa ação de obediência; é que o homem que volta para agradecer a Jesus pela cura era samaritano e os outros nove eram judeus. Estas duas etnias se odiavam, mas o curioso é perceber como a necessidade reúne as pessoas. Estar junto para combater uma necessidade é uma solução.


           A mais nobre atitude diante deste fato foi a do samaritano em voltar para agradecer. Esse agradecimento significa que ele foi capaz de reconhecer o que Deus havia feito em sua vida, porque Ele é a fonte de todas as dádivas.
15voltou, dando glória a Deus em alta voz, 16e prostrou-se com rosto em terra aos pés de Jesus, agradecendo-lhe;”

Portanto, a maior forma de oração é o louvor que reconhece que Deus é Deus e que o ser humano não é Deus. Cabe ao homem receber o dom de Deus e louvá-lo com gratidão.